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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Entrevista com ex-professor da UEL que trabalha na NASA

Divulgo nessa publicação o trabalho de pesquisa do biólogo Ivan Lima sobre a vida no universo.

Ele faz parte de uma equipe de pesquisadores da NASA que estuda as condições para o desenvolvimento de vida extraterrestre.

Amante da ciência, também incentiva jovens cientistas a trilhar os caminhos da pesquisa científica. 

Conheça mais sobre ele o trabalho que desenvolve na NASA.



O pesquisador
Natural da cidade de Marília, no interior de São Paulo, Ivan Gláucio Paulino Lima sempre foi fascinado por astronomia e astrobiologia e, como ele costuma dizer, "calhou" de chegar ao melhor lugar do mundo para desenvolver pesquisas nessa área - a NASA, Agência Aeroespacial Norte-americana. 

Apesar da fala despretensiosa, o atual cargo de Ivan não é nenhuma coincidência, ele tem uma longa trajetória de trabalho até o Universities Space Research Association (USRA), empresa que presta serviços para a NASA e pela qual ele é contratado atualmente. 

Ivan é formado em Biologia pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), onde também fez o mestrado em Genética e Biologia Molecular. Seguiu para o doutorado, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e, como parte do programa de bolsa, também estudou durante um ano na Inglaterra.

Atualmente, Ivan trabalha em dois experimentos que serão realizados em órbita para testar os efeitos de diferentes níveis de gravidade no processo biológico. Essas pesquisas são fundamentais para saber se o que conhecemos da biologia funciona da mesma forma em outros planetas, o que poderá propiciar, por exemplo, o desenvolvimento de agricultura espacial e outras práticas essenciais para missões espaciais tripuladas a longo prazo.  

O experimento que Lima pretende fazer inclui bactérias extremófilas, que sobrevivem em condições adversas e são resistentes à radiação. ''A ideia da Nasa é criar naves sustentáveis por longos períodos e as bactérias são fundamentais para isso. Precisamos identificar e isolar aquelas que resistem às condições da nave e que são capazes de realizar funções extremamente importantes, como a decomposição do lixo e a produção de oxigênio'', explicou. Segundo ele, a Nasa quer enviar missões tripuladas para Marte em 30 anos, por isso esta tecnologia é tão importante. 

Outra área de pesquisa que também o atrai é a investigação dos mecanismos de resistência à radiação. No futuro, pretende participar de pesquisas para o desenvolvimento de células humanas sadias mais resistentes à radiação e melhorar a sobrevida dos astronautas, que sofrem com a radiação espacial. "Mas esse tipo de pesquisa poderia, posteriormente, beneficiar o público em geral, pois o conhecimento pode ser aplicado, por exemplo, a tratamentos médicos que utilizam a radioterapia, como é o caso do tratamento de alguns tipos de câncer", diz o pesquisador. 

O doutorado mudou o rumo de sua vida: ele soube que a pesquisadora da NASA, Lynn Rothschild, pesquisadora da Nasa e referência mundial em astrobiologia, estava no Brasil participando de um congresso (Escola Avançada de Astrofísica. ) e aproveitou a oportunidade para convidá-la para ser membro externo da banca de defesa de seu doutorado. A pesquisadora aceitou e a tese de Ivan foi bem recebida, o que favoreceu a idealização e, posteriormente, a apresentação de um projeto de pós-doutorado.

Ivan por Ivan
Para conhecer o pesquisador, compartilho abaixo alguns vídeos que encontrei sobre ele.
 
Começo com entrevista produzida pelo canal da UEL:

Divulgo também palestra que ministrou sobre seu trabalho  em 2015:

 
Compartilho abaixo mais duas mídias:
A primeira é a uma entrevista que concedeu ao portal Dragões de Garagem. Muito bacana!!

A segunda é uma palestra ministrou na NASA em 30 de setembro de 2016 sobre seu projeto:  'Extremófilos e a exploração espacial humana'. (em inglês)



Paixão pela ciência
Ivan é mais um caso que ilustro aos meus pequenos sobre a relação da ciência na infância: “Quando eu era criança tinha aqueles chocolates que vinham com figurinhas de outros planetas e eu achava muito bonito aquilo. Acho que foi ai que eu comecei a me interessar pelo assunto e a ler os assuntos científicos”, lembra Ivan.

Formado em ciências biológicas pela Universidade Estadual de Londrina, foi aprovado em 2011 para desenvolver seu pós-doutorado na Nasa. O caminho para chegar até a agência espacial foi longo. Atualmente ele mora na Califórnia e o projeto dele é realizado em parceria com a agência espacial alemã. Os primeiros experimentos serão testados em 2017.

O professor afirmou que começou a se interessar pelo assunto enquanto fazia o curso de graduação em Biologia, na UEL. ''Descobri um livro sobre astrobiologia e achei um tema interessante. Comecei a pesquisar o assunto e não parei mais'', disse. Segundo ele, é possível haver vida extraterrestre, ''sobretudo na forma microbiana''. A astrobiologia, área de estudo de Ivan, é extremamente nova e é o principal foco da maior parte dos investimentos das agências espaciais.

Ivan busca sempre incentivar outros jovens a também trilhar os caminhos da ciência. No inicio do ano passado, durante suas férias,  aproveitou para divulgar um concurso da Nasa para jovens brasileiros de 12 a 18 anos. “A gente tem que aproveitar a criatividade, a imaginação do brasileiro para uma atividade como essa, para aumentar o engajamento dos jovens com ciência e tecnologia para preparar para este futuro que esta acontecendo nos Estados Unidos e vai acontecer aqui no Brasil também.” 

Para Ivan, chegar à Nasa é uma grande oportunidade. ''Nunca esperei que algum dia teria esta chance. É um sonho se realizando. Tenho as melhores expectativas possíveis'', afirmou. ''Há muito desenvolvimento nesta área, lá poderei conhecer pesquisadores que estão no limite do conhecimento da astrobiologia. Acredito que quando voltar, poderei contribuir com o avanço desta área no Brasil''

Em uma palestra que ministrou na UEL em 2015, Ivan resumiu toda sua carreira em uma informação principal: a NASA não é tão inacessível quanto se pensa. Ele considera essencial que os estudantes brasileiros saibam disso. Por já ter sido um desses alunos, fascinado por astronomia e com um imaginário e uma idealização sobre as instituições de referência na área, ele se anima ao dizer que quando chegou na NASA achou o funcionamento muito mais familiar do que imaginava. "Apesar das técnicas mais avançadas e equipamentos mais sofisticados, em termos básicos o andamento do trabalho nos laboratórios é muito semelhante ao que ele já conhecia", diz.

Que o caminho rumo às estrelas lhe faça brilhar hoje e sempre Ivan!
Fontes:


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