Saturno talvez seja o planeta que mais chama a atenção no sistema solar. Seus anéis são exuberantes e impressionam aqueles que param para admira-los. A foto ao lado registra seus anéis e Enceladus, uma das 61 luas que orbitam o planeta.
Sabe por que Saturno ficou "tão famoso"? O principal responsável é a sonda Cassini, que orbita o planeta e suas luas por mais de 20 anos! Nesse mês a Cassini iniciou sua fase final de observações, cuja missão será encerrada em setembro. Registro nessa publicação um tributo às descobertas realizadas pela maior e mais cara sonda já lançada rumo aos planetas do sistema solar.
20 anos de estudos
Lá se vão quase vinte anos desde o lançamento da missão Cassini-Huygens, batizada em homenagem a dois cientistas do século XVIII: o holandês Christiaan Huygens, o primeiro a sugerir a existência de um anel em torno de Saturno, e o italiano Giovanni Domenico Cassini, que inferiu tratar-se de múltiplos anéis. A ilustração ao lado revela um breve perfil destes astrônomos.
Lançada por um foguete Titã IV, do Cabo Canaveral em 15 de outubro de 1997 (saiba mais aqui), a maior e mais cara sonda já lançada concluirá sua missão em setembro 2017, deixando como legado uma coleção de quase 380 mil fotos e 600 Gb de dados sobre Saturno e suas luas! O projeto foi um esforço conjunto da Nasa, da Agência Espacial Europeia (ESA) e da Agência Espacial Italiana (ASI). O vídeo abaixo foi feito com algumas dessas fotos, e passa um gostinho de como é sobrevoar esse planeta e algumas de suas luas:
Lá se vão quase vinte anos desde o lançamento da missão Cassini-Huygens, batizada em homenagem a dois cientistas do século XVIII: o holandês Christiaan Huygens, o primeiro a sugerir a existência de um anel em torno de Saturno, e o italiano Giovanni Domenico Cassini, que inferiu tratar-se de múltiplos anéis. A ilustração ao lado revela um breve perfil destes astrônomos.
Lançada por um foguete Titã IV, do Cabo Canaveral em 15 de outubro de 1997 (saiba mais aqui), a maior e mais cara sonda já lançada concluirá sua missão em setembro 2017, deixando como legado uma coleção de quase 380 mil fotos e 600 Gb de dados sobre Saturno e suas luas! O projeto foi um esforço conjunto da Nasa, da Agência Espacial Europeia (ESA) e da Agência Espacial Italiana (ASI). O vídeo abaixo foi feito com algumas dessas fotos, e passa um gostinho de como é sobrevoar esse planeta e algumas de suas luas:
Sobre a Sonda
A ilustração ao lado resume alguns dados da missão. Do tamanho de um ônibus, a Cassini levou 420 quilos só de instrumentos de medição e 14 quilômetros de fios e cabos. E carregou também uma segunda sonda, a Huygens, destinada a estudar Titã, o maior satélite de Saturno, e o primeiro a ser descoberto – pelo próprio Huygens. A missão marcou o fim da era das sondas muito caras (para efeito de comparação: a Nasa gastou 3,4 bilhões de dólares na Cassini, contra 250 milhões de dólares na Mars Pathfinder e 63 milhões de dólares na Lunar Prospector, lançadas anos mais tarde).
A Cassini se aproximou de Saturno em 2004, e logo revelou duas novas luas, a 200.000 quilômetros do centro do planeta. Desde então, o número de satélites conhecidos passou de cerca de 30 para mais de 60.
Em 2005, Huygens, a sonda-filha da Cassini, desceu à superfície de Titã, com seis instrumentos para medir temperatura, pressão, velocidade do vento e composição da atmosfera. “Pousada sobre o chão lamacento, coletou mais um bocado de dados e imagens. Ao todo, foram quase quatro horas de transmissão de informações”, relatava reportagem de VEJA daquele ano. Era o fim da Huygens. Abaixo, vídeo original que mostra o pouso da sonda Huygens na superfície da lua Titã, a enigmática lua de Saturno.
A ilustração ao lado resumo o tempo da missão e algumas de suas principais descobertas, dentre as quais destacam-se a confirmação de que os anéis são formados por fragmentos de gelo com o tamanho até de uma casa, mais de 30 luas desconhecidas, que a lua Enceladus possui gêiseres de gelo em sua superfície, dentre outras.... Clique na imagem para ver em tela cheia.
Mesmo após tanto tempo de missão, a Cassini deu esta semana uma importante contribuição à busca de vida fora da Terra: a missão revelou surpreendentes formações subaquáticas em um de seus satélites, Enceladus, que indicam grande possibilidade de existência de organismos, mesmo que singelas bactérias, como ilustra a figura ao lado.
Apesar de tantas descobertas, até hoje não foi possível determinar com precisão a duração do dia em Saturno! Estima-se que o dia por lá seja equivalente a 10,5h terrestres. Esta incerteza deve-se ao fato do planeta não possuir um ponto fixo na superfície que sirva como um marcador e permita medir o tempo de sua rotação. O vídeo abaixo ilustra como são os dias por la...
Para chegar à duração exata do período em Saturno, os cientistas programaram “mergulhos” da sonda entre a superfície do planeta e seus anéis, a partir de abril de 2017. Além de captar mais detalhes e ajudar nas medições, a sonda deve terminar sua missão em setembro, seis meses após os “mergulhos”, com uma queda em Saturno.
A ilustração ao lado resume alguns dados da missão. Do tamanho de um ônibus, a Cassini levou 420 quilos só de instrumentos de medição e 14 quilômetros de fios e cabos. E carregou também uma segunda sonda, a Huygens, destinada a estudar Titã, o maior satélite de Saturno, e o primeiro a ser descoberto – pelo próprio Huygens. A missão marcou o fim da era das sondas muito caras (para efeito de comparação: a Nasa gastou 3,4 bilhões de dólares na Cassini, contra 250 milhões de dólares na Mars Pathfinder e 63 milhões de dólares na Lunar Prospector, lançadas anos mais tarde).
A Cassini se aproximou de Saturno em 2004, e logo revelou duas novas luas, a 200.000 quilômetros do centro do planeta. Desde então, o número de satélites conhecidos passou de cerca de 30 para mais de 60.
Em 2005, Huygens, a sonda-filha da Cassini, desceu à superfície de Titã, com seis instrumentos para medir temperatura, pressão, velocidade do vento e composição da atmosfera. “Pousada sobre o chão lamacento, coletou mais um bocado de dados e imagens. Ao todo, foram quase quatro horas de transmissão de informações”, relatava reportagem de VEJA daquele ano. Era o fim da Huygens. Abaixo, vídeo original que mostra o pouso da sonda Huygens na superfície da lua Titã, a enigmática lua de Saturno.
A ilustração ao lado resumo o tempo da missão e algumas de suas principais descobertas, dentre as quais destacam-se a confirmação de que os anéis são formados por fragmentos de gelo com o tamanho até de uma casa, mais de 30 luas desconhecidas, que a lua Enceladus possui gêiseres de gelo em sua superfície, dentre outras.... Clique na imagem para ver em tela cheia.
Mesmo após tanto tempo de missão, a Cassini deu esta semana uma importante contribuição à busca de vida fora da Terra: a missão revelou surpreendentes formações subaquáticas em um de seus satélites, Enceladus, que indicam grande possibilidade de existência de organismos, mesmo que singelas bactérias, como ilustra a figura ao lado.
Para chegar à duração exata do período em Saturno, os cientistas programaram “mergulhos” da sonda entre a superfície do planeta e seus anéis, a partir de abril de 2017. Além de captar mais detalhes e ajudar nas medições, a sonda deve terminar sua missão em setembro, seis meses após os “mergulhos”, com uma queda em Saturno.
O "grand finale"
Infelizmente o combustível que permite a sonda realizar manobras está chegando ao fim, deixando-a vulnerável a foça gravitacional do planeta, que fatalmente a puxará para sua direção. Devido a possibilidade de existência de microorganismos em sua estrutura, a Cassini será direcionada propositalmente rumo a Saturno, preservando assim outros mundos, principalmente a lua Encéladus, grande candidata a abrigar vida.
A NASA divulgou vídeo com uma simulação de como será esse momento final. A sonda Cassini, será posta em curso por uma zona não explorada entre Saturno e seus anéis em setembro. O robô espacial “se romperá, derreterá, vaporizará e se converterá em uma parte do mesmo planeta ao qual partiu há 20 anos para explorar”, afirmou o responsável pelo projeto Cassini, Earl Maize
A NASA divulgou vídeo com uma simulação de como será esse momento final. A sonda Cassini, será posta em curso por uma zona não explorada entre Saturno e seus anéis em setembro. O robô espacial “se romperá, derreterá, vaporizará e se converterá em uma parte do mesmo planeta ao qual partiu há 20 anos para explorar”, afirmou o responsável pelo projeto Cassini, Earl Maize
Quais outros segredos a Cassini nos revelará durante seu mergulho final?
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