Este é um tema recorrente: o que havia antes da origem do universo que conhecemos? Como do possível ´nada´ tudo se formou?
Perguntas simples como estas são feitas por cientistas e pelos curiosos estudantes em minhas turmas do 5º e 9º ano... curiosamente, anualmente ela aparece, mais cedo ou mais tarde...
Este tema é abordado por Lawrence Kraus, físico muito conhecido por seu trabalho a respeito da formação do universo, além de estar em alguns vídeos do Discovery Channel...Ao lado, foto da capa de seu livro que fala sobre o assunto.
Como este é um tema recorrente, decidi divulgar alguns conceitos sobre essa questão. Continue a leitura desta publicação e, como sempre, registre suas impressões e dúvidas ao final!
Existe algum lugar no Universo onde não há realmente NADA? O que há nas lacunas entre as estrelas e as galáxias? Ou nas lacunas entre os átomos? Quais são as propriedades do ‘nada’?
Pare o que estiver fazendo agora, e pense no “nada”. Feche os olhos. Imagine-o em sua mente. Concentre-se. Focooo! Obrigado, de nada … É muito difícil, não é?
Agora, vamos considerar apenas os vastos espaços entre estrelas e galáxias, ou os espaços entre átomos e outras partículas microscópicas. Quando falamos do nada nas vastas extensões entre o espaço, não existe realmente e tecnicamente o nada. Entendeu? Quando falamos de espaço não existe o nada. Há sim… alguma coisa lá.
Mesmo nos abismos do espaço intergaláctico, há centenas ou milhares de partículas em cada metro cúbico. Mas mesmo se você puder alugar um super aspirador de pó intergalático e aspirar essas partículas, ainda haveria comprimentos de onda de radiação, que se estendem por vastas distâncias do espaço.
Há o alcance inevitável de gravidade que se estende por todo o Universo. Também há um fraco campo magnético de um quasar distante. É infinitamente fraco, mas não é nada, mas ainda é alguma coisa.
Filósofos, e alguns físicos, argumentam que o “nada” físico não é o mesmo que o nada “real”. Diferentes físicos vêem coisas diferentes desse “nada”, como o vácuo clássico e ideia de nada como potencial indiferenciado.
Mesmo que você possa remover todas as partículas e escudos contra todos os campos elétricos e magnéticos, sua caixa ainda conteria gravidade, porque a gravidade nunca pode ser blindada ou cancelada. A gravidade não vai embora, é sempre atraente e você não pode fazer nada para bloqueá-la. Na física de Newton, a gravidade causa uma “força”, mas na relatividade Geral de Einstein, a gravidade é adeformação do espaço-tempo.
Então, imagine que você pudesse remover todas as partículas, energia, gravidade… tudo a partir de um sistema. Você iria ficar em um verdadeiro vácuo. Mesmo em seu nível de energia mais baixo, háflutuações no vácuo quântico do Universo. Há partículas quânticas estourando dentro e fora da existência em todo o Universo. Não há nada e, em de repente, tudo estoura e então as partículas colidem e você fica com o “nada” de novamente. E assim, mesmo se você pudesse remover tudo do Universo, você ainda ficaria com essas flutuações quânticas incorporadas no espaço-tempo. Além disso, existem coisas invisíveis chamadas de matéria escura e energia escura, na qual nós não conhecemos a fundo ainda, só indiretamente.
Há físicos como Lawrence Krauss que discutem o “universo a partir do nada” e que realmente significa “o universo veio de uma potencialidade”. Isso se resume ao fato de, se adicionarmos toda a massa e energia do universo, toda a curvatura gravitacional, tudo… no final, todas as somas vão dar zero. Por isso, é possível que o Universo realmente veio do nada. E se esse for o caso, então o “nada” é tudo o que vemos ao nosso redor, e o “tudo” não é nada. Calma! A física é assim mesmo, acostume-se.
Assista essa palestra de Lawrence Krauss com introdução de Richard Dawking na qual ele conta sobre o Universo a partir do nada:
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Fontes:
Oi professor, aqui é o Ulisses, percebo que não houve nenhum comentário postado ainda. Eu sei que você postou estudos acima, mas embora eles (como não há nada confirmado, nunca há) eu acredito que talvez o universo, ou pelo menos a explosão que o criou, vem de um "universo anterior". Deixe me elaborar, a história se repete certo? E se o Big Bang surgiu a partir da explosão de uma galáxia no universo, ou da estrela localizada em seu centro, o que "reiniciou" tudo, fazendo o processo de formação e fim se repetirem em um ciclo infinito. Sei que é uma ideia meio louca ou idiota, mas é uma teoria que talvez um dia possa ser comprovada certa ou errada de alguma forma. Criei ela após você mencionar aquele átomo na Antártida que tem origem em uma data "negativa".
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