No último dia 4 deste mês o Brasil celebrou o lançamento do primeiro satélite de telecomunicação controlado integralmente por brasileiros, o SGDC!
O SGDC, lançado por encomenda da Telebras S.A., tem por objetivo garantir uma comunicação segura por satélite das Forças Armadas e do governo, e ao mesmo tempo fornecer serviços de comunicação de banda larga a territórios isolados do Brasil.
"É o primeiro satélite operado completamente por brasileiros, e permitirá nossa soberania e independência", destacou o ministro da Defesa, Raul Jungmann.
Lançamento
O satélite brasileiro de telecomunicações SGDC - de uso militar e civil - foi colocado em órbita na quinta-feira passada a partir do Centro Espacial de Kourou (CSG), na Guiana francesa.
A foto ao lado registra o lançamento, realizado às 18H51 locais (18H51 de Brasília), pouco mais de uma hora após o previsto, e 28 minutos depois o SGDC (Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas) se separou do foguete Ariane 5.
O SGDC é o primeiro satélite geoestacionário brasileiro de uso civil e militar e recebeu R$ 2,7 bilhões em investimentos numa parceria do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações com o Ministério da Defesa. Adquirido pela Telebras, tem uma banda Ka, que será utilizada para comunicações estratégicas do governo e implementação do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) – disponibilizando internet especialmente em áreas remotas –, e uma banda X, que corresponde a 30% da capacidade do equipamento, de uso exclusivo das Forças Armadas.
Com 5,8 toneladas e 5 metros de altura, o satélite brasileiro tem uma vida útil prevista de 18 anos.
A aquisição do satélite da Thales Alenia Space ocorreu após uma competição internacional, via contrato com a Visiona, criada em 2012 para atender ao Programa Nacional de Desenvolvimento das Atividades Espaciais (PNDAE) e da Estratégia Nacional de Defesa (END). Ele foi levado até a Guiana Francesa por um avião Antonov. A foto ao lado registra o momento da chegada do satélie ao aeroporto local, que fica 60km da base de lançamento.
Ficha Técnica do SGDC
A foto ao lado registra a etapa final com a equipe de montagem.
Massa: aprox. 5.735 quilos na decolagem
Estabilização: 3 eixos
Dimensões: 7,10 m x 2,20 m x 2,0 m (configuração de acomodação para lançamento - na foto ao lado)
Plataforma: Spacebus 4000C4
Carga útil: 50 transponders na banda Ka e 7 transponders na banda X
Energia a bordo: 12 kW
Tempo de uso: mais de 18 anos
Posição orbital: 75º Oeste
Área de cobertura: Brasil
Operação
A primeira etapa a ser vencida é levar o satélite para a órbita final, a 36 mil quilômetros de altitude em relação à superfície da Terra. Até o fim desta semana, o SGDC será propulsionado para alcançar o posicionamento geoestacionário, em um processo gradual.
"Quando você lança um satélite geoestacionário, isso é feito em uma órbita de transferência, que chamamos de GTO. Hoje [segunda-feira,8], ele está na segunda elevação dessa órbita e na terça-feira, 9 dará o último ‘tiro'. No perigeu [ponto mais baixo da órbita], está a 24 mil quilômetros da superfície. No apogeu, chega a 36 mil quilômetros", explica o gerente de Projeto do SGDC, Mario Quintino.
Depois de posicionado na órbita final, todos os painéis solares serão abertos para carregar as baterias do SGDC, permitindo o funcionamento das antenas de comunicação do equipamento. Os dados de telemetria serão recebidos pela Thales Alenia Space, na Europa, pelo Centro de Operações Aeroespaciais (Comae), em Brasília (na foto ao lado), e pela Estação de Rádio da Marinha, no Rio de Janeiro (foto abaixo). Esse trabalho é acompanhado por engenheiros da Visiona, uma joint venture entre a Telebras e a Embraer.
A partir daí, equipes em terra vão enviar telecomandos para avaliar o funcionamento dos subsistemas do satélite. Serão checados itens como a capacidade de fornecimento de dados dos transponders, dos feixes e das bandas X e Ka, que vão prover acesso a banda larga e assegurar as comunicações estratégicas do governo e das Forças Armadas. A expectativa é que esse trabalho dure cerca de 30 dias.
A imagem abaixo ilustra esse processo:
Divulgo um vídeo que encontrei com todo esse trajeto:
Funcionamento
"Com o funcionamento pleno das funções do satélite, vamos poder efetivar os testes da banda X e da banda Ka, para verificarmos o funcionamento do satélite. Esse processo é trabalhoso e demorado e deve ser feito com muito critério, para garantirmos que tudo está funcionando perfeitamente", afirma o presidente da Visiona, Eduardo Bonini.
Caso tudo transcorra dentro da normalidade, a operação do SGDC será entregue à Telebras e ao Ministério da Defesa em meados de junho.
Para encerrar essa publicação, divulgo documentário sobre o projeto:
Fonte:
Telebras, MCTI, AEB,
O SGDC, lançado por encomenda da Telebras S.A., tem por objetivo garantir uma comunicação segura por satélite das Forças Armadas e do governo, e ao mesmo tempo fornecer serviços de comunicação de banda larga a territórios isolados do Brasil.
"É o primeiro satélite operado completamente por brasileiros, e permitirá nossa soberania e independência", destacou o ministro da Defesa, Raul Jungmann.
Lançamento
O satélite brasileiro de telecomunicações SGDC - de uso militar e civil - foi colocado em órbita na quinta-feira passada a partir do Centro Espacial de Kourou (CSG), na Guiana francesa.
A foto ao lado registra o lançamento, realizado às 18H51 locais (18H51 de Brasília), pouco mais de uma hora após o previsto, e 28 minutos depois o SGDC (Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas) se separou do foguete Ariane 5.
O SGDC é o primeiro satélite geoestacionário brasileiro de uso civil e militar e recebeu R$ 2,7 bilhões em investimentos numa parceria do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações com o Ministério da Defesa. Adquirido pela Telebras, tem uma banda Ka, que será utilizada para comunicações estratégicas do governo e implementação do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) – disponibilizando internet especialmente em áreas remotas –, e uma banda X, que corresponde a 30% da capacidade do equipamento, de uso exclusivo das Forças Armadas.
Com 5,8 toneladas e 5 metros de altura, o satélite brasileiro tem uma vida útil prevista de 18 anos.
A aquisição do satélite da Thales Alenia Space ocorreu após uma competição internacional, via contrato com a Visiona, criada em 2012 para atender ao Programa Nacional de Desenvolvimento das Atividades Espaciais (PNDAE) e da Estratégia Nacional de Defesa (END). Ele foi levado até a Guiana Francesa por um avião Antonov. A foto ao lado registra o momento da chegada do satélie ao aeroporto local, que fica 60km da base de lançamento.
Ficha Técnica do SGDC
A foto ao lado registra a etapa final com a equipe de montagem.
Massa: aprox. 5.735 quilos na decolagem
Estabilização: 3 eixos
Dimensões: 7,10 m x 2,20 m x 2,0 m (configuração de acomodação para lançamento - na foto ao lado)
Plataforma: Spacebus 4000C4
Carga útil: 50 transponders na banda Ka e 7 transponders na banda X
Energia a bordo: 12 kW
Tempo de uso: mais de 18 anos
Posição orbital: 75º Oeste
Área de cobertura: Brasil
Operação
A primeira etapa a ser vencida é levar o satélite para a órbita final, a 36 mil quilômetros de altitude em relação à superfície da Terra. Até o fim desta semana, o SGDC será propulsionado para alcançar o posicionamento geoestacionário, em um processo gradual.
"Quando você lança um satélite geoestacionário, isso é feito em uma órbita de transferência, que chamamos de GTO. Hoje [segunda-feira,8], ele está na segunda elevação dessa órbita e na terça-feira, 9 dará o último ‘tiro'. No perigeu [ponto mais baixo da órbita], está a 24 mil quilômetros da superfície. No apogeu, chega a 36 mil quilômetros", explica o gerente de Projeto do SGDC, Mario Quintino.
Depois de posicionado na órbita final, todos os painéis solares serão abertos para carregar as baterias do SGDC, permitindo o funcionamento das antenas de comunicação do equipamento. Os dados de telemetria serão recebidos pela Thales Alenia Space, na Europa, pelo Centro de Operações Aeroespaciais (Comae), em Brasília (na foto ao lado), e pela Estação de Rádio da Marinha, no Rio de Janeiro (foto abaixo). Esse trabalho é acompanhado por engenheiros da Visiona, uma joint venture entre a Telebras e a Embraer.
A partir daí, equipes em terra vão enviar telecomandos para avaliar o funcionamento dos subsistemas do satélite. Serão checados itens como a capacidade de fornecimento de dados dos transponders, dos feixes e das bandas X e Ka, que vão prover acesso a banda larga e assegurar as comunicações estratégicas do governo e das Forças Armadas. A expectativa é que esse trabalho dure cerca de 30 dias.
A imagem abaixo ilustra esse processo:
Divulgo um vídeo que encontrei com todo esse trajeto:
Funcionamento
"Com o funcionamento pleno das funções do satélite, vamos poder efetivar os testes da banda X e da banda Ka, para verificarmos o funcionamento do satélite. Esse processo é trabalhoso e demorado e deve ser feito com muito critério, para garantirmos que tudo está funcionando perfeitamente", afirma o presidente da Visiona, Eduardo Bonini.
Caso tudo transcorra dentro da normalidade, a operação do SGDC será entregue à Telebras e ao Ministério da Defesa em meados de junho.
Para encerrar essa publicação, divulgo documentário sobre o projeto:
Fonte:
Telebras, MCTI, AEB,
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