O SCD-1, na foto ao lado, é o primeiro satélite brasileiro enviado ao espaço e um dos mais longevos em relação ao seu projeto inicial - são 25 anos de funcionamento contínuo!
Apesar de ter sido projetado para uma missão de apenas 1 ano, seus instrumentos continuam a coletar dados, o que vem permitindo a extensão de sua missão.
Conheça os detalhes dessa façanha brasileira, que é um fenômeno entre os satélites mundiais!
Há 25 anos, completados na última sexta-feira dia 09, era lançado o primeiro de uma série de satélites previstos pela então Missão Espacial Completa Brasileira (MECB). Nesta data satélite completou 132,010 revoluções em torno de nosso planeta, o que equivale a uma distância percorrida próxima de 6,4 bilhões de quilômetros em torno do planeta. Para se ter uma ideia da trajetória, a distância média entre a Terra e Marte é de cerca de 225 milhões de quilômetros.
A duração desta missão é um feito praticamente inédito na história da tecnologia de satélites desde o começo da corrida espacial, na década de 50.
O Satélite de Coleta de Dados (SCD-1) foi desenvolvido com o intuito de fornecer dados ambientais diários coletados nas diferentes regiões do território nacional, a fim de serem utilizados na previsão do tempo, estudos sobre correntes oceânicas, marés, química da atmosfera, entre outras aplicações.
O "Fenômeno"
O SCD-1 é considerado um verdadeiro fenômeno entre os satélites artificiais do mundo por ser um dos mais bem sucedidos objetos espaciais com função de monitoramento ambiental já produzido pelo segmento aeroespacial.
Foi totalmente projetado, desenvolvido e integrado no Brasil, com importante participação da indústria nacional. Para seu desenvolvimento, o INPE investiu em laboratórios modernos e no aprimoramento de seus recursos humanos. Ao lado, uma foto da equipe antes do lançamento. Clique aqui para acessar a página dessa missão.
Com 115 kg, o lançamento do SCD-1 colocou o Brasil entre as nações que dominam o ciclo completo de uma missão espacial desde sua concepção, até o final de sua operação em órbita.
A longevidade do SCD-1 comprova o alto grau de competência técnica não só das equipes de engenharia espacial e de integração e testes que participaram de seu desenvolvimento, como também dos especialistas em rastreio e controle de satélites, que o acompanham no INPE desde o seu lançamento.
Lançamento
Ao lado, foto do lançamento, realizado a partir do Centro de Controle de Wallops, no estado de Virgínia, costa leste dos Estados Unidos. No dia 9 de fevereiro de 1993, uma hora e 15 minutos depois da decolagem, a 83 km da costa da Flórida e a 13 km de altitude, o foguete Pegasus foi liberado da asa de um avião B52 da Nasa. Como havia sido previsto, o foguete cai em queda livre por cinco segundos antes de acionar seus motores em direção ao espaço. Poucos minutos depois, às 11h41 (hora de Brasília), o SCD-1 é colocado em órbita da Terra, a uma altitude de 750 km, na qual permanece desde então.
Operações atuais
Apesar dos longos e satisfatórios anos de uso, não são todas as funções que estão atuando de maneira eficaz. Ao longo dos anos, suas funções se degradaram, seja por falta de energia, desgastes naturais ou defeitos em peças.
Devido a uma falha na bateria, em 2010, o satélite vem funcionando com a ajuda da luz do Sol. Apesar disso, o SCD-1 ainda consegue coletar e transmitir dados ambientais, que acabam destinados ao monitoramento de bacias hidrográficas, marés, meteorologia, clima, pesquisas sobre mudanças climáticas e desastres naturais.
A carga útil do satélite também não é mais a mesma. Atualmente, dos dois transponders de coleta e transmissão de informações telemétricas que compõem o corpo do satélite, somente um está funcionando, o que resulta na falta de precisão das estimativas de posicionamento do satélite no espaço.
Apesar dessas perdas, a funcionalidade do SCD-1 equivale a cerca de 65% de quando foi colocado em órbita.
Os técnicos do INPE fazem periodicamente manobras para manter os painéis solares apontados para o Sol, para captar energia, e o radiador voltado para o espaço a fim de dissipar calor.
Desde sua colocação no espaço, a velocidade de rotação do satélite, que o manter em órbita, vem diminuindo, dos iniciais 120 rpm para 5 rpm este ano. Isso tem afetado a estabilidade na rotação e no seu ângulo em relação à superfície do planeta. E tem causado uma elevação das temperaturas de alguns equipamentos embarcados, que hoje estão acima dos limites estabelecidos.
Apesar dos problemas mencionados, o SCD-1 continua fornecendo dados de carga útil válidos a seus usuários, de modo que, embora com alguma degradação, ainda realiza sua missão de coleta de dados ambientais em um nível satisfatório. Que continue assim enquanto for possível...
Vida longa e próspera!
A duração desta missão é um feito praticamente inédito na história da tecnologia de satélites desde o começo da corrida espacial, na década de 50.
O Satélite de Coleta de Dados (SCD-1) foi desenvolvido com o intuito de fornecer dados ambientais diários coletados nas diferentes regiões do território nacional, a fim de serem utilizados na previsão do tempo, estudos sobre correntes oceânicas, marés, química da atmosfera, entre outras aplicações.
O "Fenômeno"
O SCD-1 é considerado um verdadeiro fenômeno entre os satélites artificiais do mundo por ser um dos mais bem sucedidos objetos espaciais com função de monitoramento ambiental já produzido pelo segmento aeroespacial.
Foi totalmente projetado, desenvolvido e integrado no Brasil, com importante participação da indústria nacional. Para seu desenvolvimento, o INPE investiu em laboratórios modernos e no aprimoramento de seus recursos humanos. Ao lado, uma foto da equipe antes do lançamento. Clique aqui para acessar a página dessa missão.
Com 115 kg, o lançamento do SCD-1 colocou o Brasil entre as nações que dominam o ciclo completo de uma missão espacial desde sua concepção, até o final de sua operação em órbita.
A longevidade do SCD-1 comprova o alto grau de competência técnica não só das equipes de engenharia espacial e de integração e testes que participaram de seu desenvolvimento, como também dos especialistas em rastreio e controle de satélites, que o acompanham no INPE desde o seu lançamento.
Lançamento
Ao lado, foto do lançamento, realizado a partir do Centro de Controle de Wallops, no estado de Virgínia, costa leste dos Estados Unidos. No dia 9 de fevereiro de 1993, uma hora e 15 minutos depois da decolagem, a 83 km da costa da Flórida e a 13 km de altitude, o foguete Pegasus foi liberado da asa de um avião B52 da Nasa. Como havia sido previsto, o foguete cai em queda livre por cinco segundos antes de acionar seus motores em direção ao espaço. Poucos minutos depois, às 11h41 (hora de Brasília), o SCD-1 é colocado em órbita da Terra, a uma altitude de 750 km, na qual permanece desde então.
Operações atuais
Apesar dos longos e satisfatórios anos de uso, não são todas as funções que estão atuando de maneira eficaz. Ao longo dos anos, suas funções se degradaram, seja por falta de energia, desgastes naturais ou defeitos em peças.
Devido a uma falha na bateria, em 2010, o satélite vem funcionando com a ajuda da luz do Sol. Apesar disso, o SCD-1 ainda consegue coletar e transmitir dados ambientais, que acabam destinados ao monitoramento de bacias hidrográficas, marés, meteorologia, clima, pesquisas sobre mudanças climáticas e desastres naturais.
A carga útil do satélite também não é mais a mesma. Atualmente, dos dois transponders de coleta e transmissão de informações telemétricas que compõem o corpo do satélite, somente um está funcionando, o que resulta na falta de precisão das estimativas de posicionamento do satélite no espaço.
Apesar dessas perdas, a funcionalidade do SCD-1 equivale a cerca de 65% de quando foi colocado em órbita.
Os técnicos do INPE fazem periodicamente manobras para manter os painéis solares apontados para o Sol, para captar energia, e o radiador voltado para o espaço a fim de dissipar calor.
Desde sua colocação no espaço, a velocidade de rotação do satélite, que o manter em órbita, vem diminuindo, dos iniciais 120 rpm para 5 rpm este ano. Isso tem afetado a estabilidade na rotação e no seu ângulo em relação à superfície do planeta. E tem causado uma elevação das temperaturas de alguns equipamentos embarcados, que hoje estão acima dos limites estabelecidos.
Apesar dos problemas mencionados, o SCD-1 continua fornecendo dados de carga útil válidos a seus usuários, de modo que, embora com alguma degradação, ainda realiza sua missão de coleta de dados ambientais em um nível satisfatório. Que continue assim enquanto for possível...
Vida longa e próspera!
Fonte:
Revista Galileu, AEB, INPE
Oi Fábio , que legal , impressionante que o satélite ficou 25 anos e continua funcionando,o mais legal é que ele é brasileiro.
ResponderExcluire ai professor Fabio. Tem risco de vida alienigena invadir a Terra ?
ResponderExcluirQue maneiro Fabio,25 anos do primeiro satélite brasileiro.
ResponderExcluirQue legal ,Fabio. Você poderia me falar qual é a velocidade da luz?E como andam os veiculos de marte?
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