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segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Chegam ao fim duas grandes missões aeroespaciais

Esta semana marcou o fim de duas grandes missões espaciais que estiveram em alta na última década. A sonda DAWN e o telescópio orbital Kepler encerraram suas valiosas missões devido a falta de combustível (final trágico porém esperado para sondas espaciais).

Apesar das especulações supersticiosas que circulam na rede, essa foi apenas uma triste coincidência...

Conheça alguns dos conhecimentos científicos que ambas contribuíram a produzir.


Final certeiro
Assim como todos os seres vivos, o tempo de vida de uma nave espacial se encerra simplesmente entrando em um sono profundo e sem fim... 

Foi o que ocorreu coincidentemente nessa última semana com o telescópio Kepler, que identificou mais de 2.600 planetas alienígenas, e com a espaçonave Dawn, que visitaram o asteroide Vesta e o planeta anão Ceres.

A missão de ambas terminaram porque não tinham mais combustível suficiente para manter seus equipamentos em funcionamento. Engenheiros em ambas as missões sabiam que seus fins estavam se aproximando, já que era possível estimar a quantidade de combustível restantes.

Ambas as naves espaciais utilizavam combustível químico para se posicionarem voltadas para a Terra e transmitir suas descobertas para casa; sem esse combustível, não há como receber os dados de nossos emissários distantes. Claro, cada missão poderia teoricamente ter sido abastecida com mais combustível, mas não sem engordar seus preços. E ambas as missões duraram muito mais tempo do que foram inicialmente projetadas para suportar, superando sérios problemas mecânicos ao longo do caminho. 

Sobre o telescópio Espacial Kepler
O telescópio espacial Kepler iniciou sua missão de 70 milhões de dolares em 2009 e monitorava mais de 150 mil estrelas simultaneamente. No infográfico ao lado está o resumo de sua missão: identificar planetas ao redor de outras estrelas. Para isso utilizava a técnica de transito planetário, através da qual conseguia acompanhar pequenas variações no brilho de estrelas alvos causada pela passagem de um planeta entre a estrela e o ponto de vista do satélite. Foi responsável por detectar cerca de 70% dos mais de 4.000 exoplanetas já catalogados. Falei sobre suas descobertas nessa publicação.

Sua missão passou por duas grandes fases: a primeira foi de 2009 a 2013, quando um de seus 4 giroscópios parou de funcionar e após muitos esforços os técnicos conseguiram reorientar o telescópio utilizando seus outros 3 sensores. A segunda (batizada de K2) iniciou-se em 2014 quando o telescópio passou a observar cometas e asteroides no sistema solar, e até mesmo explosões de supernova.


"Kepler está atualmente seguindo a Terra a 151 milhões de quilômetros, e permanecerá nessa mesma distância no futuro previsível", disse Charlie Sobeck, engenheiro de sistemas de projetos do Centro de Pesquisa Ames da NASA.

Sobre a sonda DAWN
A missão DAWM, de $467 milhões de dólares, foi lançada em 2007 e seu intuito era buscar as origens do sistema solar. Para isso foi enviada para o cinturão de asteróides a fim de estudar dois dos maiores objetos que estão por lá: em 2011 alcançou Vesta (com 530 km de diâmetro) e em 2014, Ceres (de 950 km). Os cientistas consideram os objetos menores do sistema solar como restos do período de formação do sistema solar.

A sonda examinou Vesta por 14 meses, revelando muitos detalhes intrigantes como por exemplo a água líquida que flui sobre sua superfície. Foi descoberto ainda que existe uma montanha enorme no polo sul de Vesta, quase tão alta quanto Olympus Mons, o famoso vulcão de Marte.Falei de suas conquistas nessa publicação.

Dawn ficou famosa em 2015 por ser a primeira sonda a orbitar algum objeto do cinturão principal, e por ter consigo orbitar dois objetos além do sistema Terra-Lua. E também foi a primeira sonda a usar motores iônicos. Ao lado, um infográfico com o resumo de sua missão.


Segundo as estimativas dos membros da equipe de missão, há mais de 99% de chances que a sonda permaneça em órbita estável em torno de Ceres ao longo dos próximos 50 anos.
Palavra da NASA 

"Sempre tentamos obter o máximo de ciência possível de nossas espaçonaves", disse Paul Hertz, chefe de astrofísica da Nasa. Ele lembrou que atualmente a agência tem mais de 60 espaçonaves científicas funcionando, e que em breve terão o mesmo destino da Dawn e Kepler. Diante desde número finalizou: "Estamos numa era de ouro da ciência diante ao portfólio de sondas que temos explorando o espaço!"

 
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