Impactos de asteróides: quer experimentar?

O meteorito que atingiu a Terra no mês passado, na cidadade russa de  Cheliabinsk, abriu espaço para discussão pelo planeta sobre essa possibilidade, que se tornou real nessa ocasião. De fato é muito raro, mas não  remota, como o evento demonstrou e que está registrado no vídeo abaixo (parece coisa de cinema ou animação gráfica, mas foi bem real!). No início do século passado, um meteoro também caiu na  Rússia, na região que batizou o evento - Tunguska.

Para que essa idéia seja melhor compreendida pela população, a universidade norte americana de Perdue desenvolveu o site   Impact: Earth!. Por ele é possivel escolher o tipo de objeto celeste que está a caminho de nosso planeta, sua velocidade, direção... e observar o que acontece durante o impacto e que tipo de transtornos isso poderia gerar pelo planeta se fosse real.

Na semana passada, uma afirmação do diretor da NASA sobre a aproximação de asteróides deixou todos assustados :"Rezem". (clique aqui para ler essa reportagem veiculado no portal terra).

Você está preparado para o impacto? - supondo que isso fosse possível...

Quem tem curiosidade sobre essas questões pode resolver suas dúvidas com um simulador online que calcula o impacto de um corpo celeste em rota de colisão com o nosso planeta. O programa roda pelo site Impact: Earth!, que apesar de estar em inglês, é de fácil utilização. Ele permite ao usuário definir o diâmetro, densidade, velocidade e ângulo de impacto do corpo celeste, entre outros atributos.O programa calcula os efeitos da queda de um projétil sobre a Terra, como o total de energia dispensada, o tamanho da cratera criada, os efeitos sísmicos e demais alterações na estrutura da Terra em função da queda.

Esse software nasceu da percepção do professor H. Jay Melos (ao lado), geofísico da univesidade de Perdue, nos Estados Unidos, cujos trabalhos de pesquisa destinam-se a  compreender a origem de crateras que observamos na Lua e pela Terra. Melos, que também  trabalha para a NASA, percebeu que sempre que havia notícias sobre a aproximação de asteroides, o número de pedidos que ele recebia para calcular o possível impacto aumentava. Daí teve a idéia de lançar um site interativo contendo informações sobre como determinada colisão afetaria o planeta. A primeira versão, ainda em texto, foi lançada em 2004 e ainda está acessível neste endereço. Apesar de voltado para o público em geral, muitos cientistas utilizam o programa - tanto para lazer quanto para a pesquisa acadêmica.

Previsão é Difícil

A queda de meteoritos pela Terra é um evento muito comum - claro que não do tamanho daquele que atingiu a Rússia, como mostra o vídeo do começo do post. Como 70% da superfície é coberta por água,
a probabilidade de que esses objetos atinjam áreas com população é pequena. Por isso o evento da cidade russa foi classificado como raro. 

A tecnologia que possuímos não consegue identificar asteróides próximos a Terra que sejam inferores a 40m de diâmetro. Esses tipos de corpos celestes são "muito escuros" (pois não possuem luz própria e refletem muito pouco da luz solar), são relativamente rápidos, e podem nos atingir vindo de "qualquer lado".  Só para ter uma ideia da dificuldade de identificar esses corpos celestes, estimativas da Nasa apontam que existam pelo menos 500 mil asteroides com mais de 40 metros "próximos" à Terra. No entanto, apenas 1% deles foram descobertos.

Um dos métodos utilizados para enconrtar asteróides é tirar várias e várias fotos de uma parte do céu. Comparando cada imagem é possivel "perceber" o movimento de alguns desse fraquíssimos pontinhos registrados, que podem indicar possíveis meteoros em aproximação. Abaixo, fotos que ilustram essa dificuldade: comparando-as é possível perceber um pequeno pontinho se mexendo, que pode ser um candidato a meteoro.  Estudando esse movimento aparente registrado nas imagens, astrônomos podem prever seu tamanho, velocidade, direção, e eventuais riscos de colisões.  

 

Como o céu é gigante, se faz necessário a dedicação e esforços de muitas pessoas - a grande maioria são astrônomos amadores e fotógrafos que passam noites registrando o céu. Eu já publiquei vários posts falando da importância dessas pessoas ne?

 

 

2013

O ano de 2013 é de certa forma especial, pois esperamos pelo menos 3 grnades objetos passar por nós. Dois deles já passaram, sem grandes efeitos... O mais recente foi na semana passada, como falei no último post. O mais visível se aproximará no final de novembro. Abaixo uma montagem com alguns dados desses três astros.

 

 

 

Asteróides, cometas, meteoros e meteoritos... 

 A montagem abaixo divulgada pelo portal Terra explica resumidamente a diferença entre cada um desses objetos celestes. (fonte da imagem: portal Terra)

Fontes para esse post:

Portal Terra, Rede Fonte