O estudo do movimento é um dos grandes focos da física, e sua compreensão envolve duas áreas especiais dessa ciência: a cinemática (que analisa os diferentes tipos de movimento) e a dinâmica (que estuda as causas desses movimentos).
São inúmeras as situações nas quais o movimento pode ser analisado, previsto, e a primorado pela física.
Nos últimos anos, a cobiça pela melhoria no desempenho de atletas, por exemplo, elevou a física a um novo patamar: o interesse pelo funcionamento do corpo (e a isso chamamos de fisiologia) associado à situações de forças e transformações de energia que ele sofre criou uma nova área de estudo e aplicação - a biofísica.
Nesse tema achei um programa muito legal do Reporter SporTV, que foi ao ar dia 19/7/11, que relata como os conhecimentos desenvolvidos no balé (cuja técnica desenvolve flexibilidade, aprimora postura, e maximiza a ação das forças exercidas pelo corpo) pode beneficiar inumeros outros esportes, como o basquete.
A radio CBN veiculou uma reportagem em 4/3/12 extamente sobre essa reportagem do Sportv, mostrando a importância de se incorporar os movimentos do balé em outras áreas do esporte - ouça essa reportagem antes de ver o video - clique aqui.
IMPERDIVEL visão de aplicação da física nos esportes! (sem falar sobre a aula de postura, leveza e flexibilidade...) Assista esse programa abaixo:
(fonte: SPORTV - clique aqui para abrir a pagina original da reportagem. Nesse link tem um outro complemento dela.)
P.S.: nao sei porque o Sportv retirou esse video do ar... pena!!!!
Caso o video completo acima nao seja exibido, pode assisti-lo por partes:
Parte 1: Bale e Boxe
parte 2: Bale e Basquete
(tem outras partes que estou procurando...)
Muito alongamento a todos , e pouco impacto!
Segue abaixo uma breve transcrição do programa do Sportv (enquanto não acho o vide completo..)
A delicadeza do balé pode ser aplicada na rotina de preparação física
de atletas de diversas modalidades, como o boxe, a ginástica artística,
o tênis, o basquete e até o salto triplo.
A dança clássica pode estar no saque de uma tenista famosa, nas
enterradas de um jogador de basquete ou em um salto de um atleta. O
“SporTV Repórter” apontou como a delicadeza do balé pode ser aplicada na
rotina de preparação física de atletas de diversas modalidades, como o
boxe, a ginástica artística, o tênis, o basquete e até o salto triplo.
Boxe: Ex-campeão mundial de pesos-pesados no boxe, Evander Holyfield continua
em forma aos 48 anos. Sempre lembrado devido ao confronto com Mike
Tyson - no qual perdeu um pedaço da orelha direita, arrancado por uma
mordida do oponente - o lutador tem no currículo 57 lutas. Foram 44
vitórias, sendo 29 por nocaute.
O boxeador conhecido pelo corpo
musculoso, pela força e golpes violentos durante a luta descobriu no
fim da década de 80 que o balé poderia ser uma arma poderosa dentro do
ringue.
- Eu era campeão mundial absoluto da categoria
cruzador, sem nunca ter perdido uma luta, e então fui para a categoria
peso-pesado para lutar com os caras grandes. Para lutar como eles eu
precisava de algo que eles não tinham. No meu plano de jogo, a
flexibilidade era fundamental - relembrou.
O resultado do
trabalho com a professora apareceu no ringue. Holyfield acredita que se
tornou campeão mundial por causa das aulas e que perdeu um título quando
a professora teve um problema físico.
- Eu me tornei campeão
mundial dos pesos-pesados por causa daquela senhora (a professora).
Quando ela escorregou, quebrou o quadril e ficou sem ir ao meus treinos,
perdi o tíitulo para Riddick Bowe.
Ginástica Artística: Os primeiros passos dos atletas da ginástica artística são no balé. A
técnica que aprendem no início colabora para a elegância e leveza em
acrobacias aéreas. - Precisamos ter (aulas de balé) desde pequenas
realmente. Não temos que ser bailarinas, mas ter uma base do balé porque
a gente utiliza muito nos movimentos da ginástica – afirma a ginasta
Daniele Hypólito.
Tênis: Conhecida
como bailarina do tênis, Maria Esther Bueno conquistou, nas décadas de
50 e 60, 19 títulos de Grand Slam. A maior tenista brasileira explica
porque ganhou o apelido na época.
- Foi pela forma como eu
jogava, a harmonia dos movimentos , o equilíbrio perfeito das mãos, da
raquete, do corpo. Alguns anos atrás alguns preparadores físicos
introduziram a dança e o balé para ajudar na preparação do tênis.
Um dos maiores tenistas da década de 80, o tcheco Ivan Lendl também
usou a dança como parte do treinamento para melhorar a agilidade e
leveza dos movimentos dos pés. Até os movimentos do atual número 3 do
mundo, Roger Federer, já foi comparado, pelo jornal americano New York
Times, aos do russo Mikhail Baryshnikov, um dos maiores bailarinos da
história.
Basquete: Nas quadras de
basquete, eram os saltos de Michael Jordan que chamavam a atenção na
Liga de Basquete Americana. O "SporTV Repórter" promoveu um encontro
entre jogadores do time de basquete do Joinville e integrantes do Balé
Bolshoi – única filial da escola russa fora do país - para comparar os
saltos dos atletas.
Ao analisar o salto dos atletas e dos
bailarinos, foi observado que os dançarinos, apesar de menor estatura,
conseguiram saltar mais alto que os jogadores. Surpresos, os jogadores
de basquete resolveram participar de uma aula de balé e estão confiantes
em usar as técnicas nos treinamentos.
- A palavra é adaptação.
A gente vai adaptar. Agora o balé vai ser implementado no planejamento
do basquetebol de Joinville. Não tenha a menor dúvida – afirmou o
técnico da equipe, Alberto Bial.
Atletismo: O novo desafio do preparador físico Antônio Carlos Gomes desde o início
do ano é incluir a leveza e o controle dos movimentos do balé nos
treinos de Jadel Gregório, atleta do salto triplo e medalhista de ouro
nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro.
- No chão, um leão.
Saiu do chão, um bailarino. Ou seja, pegar o solo com muita potência,
muita velocidade. A partir do momento que ele ganha flutuação no ar, ele
precisa ser o mais solto, o mais leve possível. Os movimentos têm que
acontecer com muita amplitude - afirmou Gomes.
Em uma sala de ginástica artística, o atleta treina em uma cama elástica em busca da leveza no salto.
- Se a gente reparar, o pessoal do balé sai do chão muito rápido e tem
um controle no ar. É esse controle que eu quero ter. Aqui é onde faz a
união do pássaro sem asa que agora está conseguindo ganhar asa. Se sem a
asa a gente já saltava, imagina o que não vamos fazer com a asa – disse
o atleta.
Grupo Katakló: Bailarinos,
que são ex-ginastas, mostram no palco como o esporte e a dança podem ser
uma coisa só. O grupo italiano Katakló acredita que o passado dos
bailarinos no esporte ajuda no desempenho da dança. E que a dança também
pode ser útil ao esporte.
- A dança ajuda a ser esportista. Há
muitos anos não, porque era mais separado. Mas hoje em dia, a dança,
com certeza, ajuda, mesmo que seja só para esquentar o corpo, alongar
mais ou dar o máximo de si em um palco também – analisou a bailarina
Elisa Bazzocchi.
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